O Garoto da Casa Verde VI

Estava eu vagando nas minhas memórias e nas minhas lembranças durante o caminho para a nova casa, o encontro que eu tive com ele lá no parque como as coisas podem acontecer e como que as coisas podem mudar, fiquei admirada com a forma como me tratou, sendo gentil e carismático comigo, como aquele sorriso poderia encantar a todos, ele não era um garoto de referências ou de personalidade forte, rígida pelo ao contrário seu semblante me trazia uma tranqüilidade transformada em paz, muito diferente do que se pode esperar de algum garoto que se goste ou admira, mesmo quando me causou constrangimento pelo meu ato, não foi algo que me deixou triste ou me colocou para baixo.
Certamente que gostava dele pela sua aparência linda e exótica de todos daquele bairro, que estava tão acostumada a freqüentar, mas sabia que tinha muito mais que isso, era como se guardasse dentro de si alguma espécie de mistério e que ao mesmo tempo tivesse a consciência e achava isso engraçado e debochasse sobre, mas sem ao menos saber o real motivo, era isso o que mais atraia atenção para mim ele tinha um carisma que me cativava sempre que eu conversava ou simplesmente o olhava.
                A pequena viaje só demonstrou que a distância até a nova casa era realmente muito curta, apenas nos aproximamos um pouco mais do centro da cidade, tento as mesmas ruas, os mesmos bairros, a única diferença era que para entrar na rua de casa se dava de frente ao novo colégio.
                Assim que o carro passou em frente, só deu para ver o enorme prédio com vários andares, pintado de azul e com uma enorme quadra de esportes, pelas referências na entrada dava para se garantir que era um ótimo colégio.
                Ao entrar na nossa rua, dava para ver a larga rua que era, tinha varias árvores dos dois lados das causadas, pareciam fazer um arco se encostando, tampando um pouco do sol, fazendo uma adorável sombra.
                Apesar dos meus pais fazerem questão de uma boa vida, com uma confortável casa, eu realmente não me importava, conseguia sentir prazer nas pequenas coisas e adorava ver a beleza nos pequenos detalhes, como por exemplo, uma pequena flor azul com pequenas pétalas na nossa causada perto do portão, enorme de madeira. Dessa vez os meus pais tinham me surpreendido com o tamanho da casa, continha três andares enormes e um grande quintal me sentiam um pouco mal com o tamanho sentia que certamente iria me perder naquele lugar.
                Eu estava vendo que aquele dia iria se revelar várias surpresas, começando com a entrada da enorme sala, com uma enorme escadaria de mármore ao meio, como aquelas escadarias antigas, a primeira coisa que veio na minha cabeça era o castelo da Bela e a Fera, a minha terceira surpresa foi ver todos os móveis nos seus devidos lugares provavelmente o meu pai tinha pagado para alguém já preparar o lugar com os nossos móveis, faltando apenas algumas portas retratos, roupas nos quartos, panelas, talheres e pratos, que foram colocados em seus devidos lugares por nós.
                O meu quarto era o mais alto perto do sótão, enorme igualmente com uma macia cama de casal no meio, segurava a minha caixa com meus pertences, eu estava com a boca aberta de espanto pela imensidão do quarto e não conseguia fechar meus lábios, eu não me sentia daquela vida, era uma garota simples de casa pequena de poucas coisas.
                Quando estava deitada, na cama macia, aliviando as dores nas costas a minha mãe apareceu na porta se sentando ao meu lado, com um longo sorriso ao dizer:
-Filha como você pode ver, não teremos dinheiro no momento para viajarmos e seu pai vai sair ao trabalho nesse feriado e a matriculei esse feriado e nos finais de semana quando começar as aulas numa escola de pintura, já que você já me pediu tanto.
                Eu fiquei muito contente com a notícia e abracei e dei um beijo na bochecha apenas dizendo:
-Obrigada por tudo mãe. Amo-te.
               
               

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