Semáforo

Era uma noite cheia de luzes dos semáforos, cheiro de cigarro, ruas com o cheiro de comida oriental misturada a ureia. 
Em cima de um viaduto que a qualquer momento poderia vir a ruir, em meio a barulhos de carros e sirene de ambulâncias.
Um ambiente onde só se via pessoas de diferentes formas e de diferentes estilos próprios, que poderia assustar a qualquer um.
Na poluição de São Paulo, e caos de uma cidade grande cheia de pessoas, eu me vi olhando para as lamparinas vermelhas apagadas, que só fazia sentindo estarem ali para marcarem o lugar e decorarem as ruas.
No meio do meu próprio caos, da minha bagunça e confusão sem tempo para realmente parar, eu estava ali sentada num banco de madeira encontrando um pouco de paz e conforto, parando um período de tempo da minha vida, para me lembrar o quanto eu almejo e agradeço todos os dias pela minha liberdade de ser e fazer o que eu sou. 
Eu estava em paz, olhava as poucas estrelas que se postavam no céu poluído, não pensei em mais nada e nem em ninguém só o que eu queria para a minha vida. 

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