Traição.

Como um filme que não saí da cabeça, me lembro de cada detalhe, nós dois em nosso pequeno apartamento comprado por nós dois, nossas brincadeiras, as tantas vezes que olhava para os seus olhos verdes que se divertia toda vez que me pegava pela cintura me prendendo contra você.
                Quando você fazia questão de toda tarde, tirar cada centímetro de roupa do meu corpo, só para o seu prazer e ficar me fazendo dando voltas por mais que me dava vergonha, eu via você me admirando.
                Era maravilhoso ver o seu corpo se arrepiando com minha boca explorando cada centímetro seu.
                Nós éramos felizes, brigávamos por poucas coisas, mas no final, você me abraçava e me dava um beijo e tudo ficava bem.
                Eu o via no final de tarde chegando do trabalho e te surpreendia comigo nua apenas com a sua camisa, segurando uma xícara de chocolate.
                Os momentos em que saíamos, passeávamos na praia, viajávamos para vários lugares, os vários filmes que assistimos no cinema, ou os que assistíamos só o começo.
                Eu fico me perguntado, se todos esses anos que vivemos valeram alguma coisa para você?
                Se você se divertiu realmente comigo?
                Se era verdade todas às vezes do dia em que dizia que me amava?
                Em algum momento em que vivemos você realmente me amou?
                Por que agora estou eu aqui na cama da minha mãe, triste, segurando o travesseiro entre as duas mãos.
                Por que ao chegar de uma caminhada da praia toda cansada e suada, esperando que você estivesse lá para me abraçar e tomar nossos banhos juntos, eu vi você em nossa cama, em nosso apartamento, e nosso amor com outra mulher.
                E aquilo despedaçou de vez o meu coração, e não adianta dizer nada, ou tentar se desculpar, um coração quebrado nunca volta a ser como era antes.

                E não tem desculpa, nem perdão para concertar o que você fez. 

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